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Uma delas seria a predisposição genética, de acordo com os estudos do químico Charles J. Wysocki. Entretanto, esta teoria ainda não está muita aprofundada. Outra explicação seriam os aldeídos, substâncias químicas que compõem o sabor da erva da discórdia. Muito aldeídos presentes na composição do coentro são os mesmos ou similares àqueles que estão na composição do sabão.
McGee conversou com diversos químicos que relataram ter sentido notas "ensaboadas" na erva, mas ainda assim achavam seu aroma fresco e agradável. Por que entao algumas pessoas só vêem (ou melhor, sentem) o lado negativo, ensaboado? Quem esclareceu isso foi o Dr. Jay Gottfried, neurocientista na Northwestern University, que estuda como o cérebro percebe os cheiros.
O próprio Dr. Gottfried já foi um coentrofóbico, mas superou sua aversão ao temperinho. Ele explica que essa fobia é fruto de um instinto protetor do cérebro, que está constantemente atualizando nossa base de dados de experiências. Quando experimentamos uma comida, o cérebro vai buscar nessa base de dados o padrao de experiências passadas que aquele sabor pertence. Esse padrao é usado para criar uma percepção desse novo sabor, nos fazendo gostar ou não dele. Se esse novo sabor não é familiar às experiencias gastronomicas vividas anteriormente, e, além disso, corresponde a um padrão associado a produtos químicos e de limpeza, a reação do cérebro automaticamente é de rejeição, como se fosse uma potencial ameaça ao nosso corpo. É mais ou menos o que acontece quando provamos coisas amargas, mas isso é assunto para outro post.
Entao, a fobia ao coentro é uma questão cultural, de estranhamento ao sabor. E, felizmente, tem cura, basta comer muitas vezes, para criar, pouco a pouco, um novo padrão!
E aí Marias...sou do time que tinha aversão total a dita erva e aos poucos comecei a simpatizar. "Gosto verde ensaboado" foi se transformando em delicado frescor aliado a pratos leves, ainda mais com uma pimentinha danada, certo!
ResponderExcluirParabéns pelo "Glamour dos Bastidores", mas por um lado tem gente que acha lindo se queimar e levar esporro na cozinha, ehee...ok. Continua sendo um belo ofício, nada mais do que isso, tudo isso. Abraços!
É isso aí Vicente, mais uma prova viva de que a coentrofobia tem cura.
ResponderExcluirEu sou do time da coentrofilia!!!!
ResponderExcluirParabéns pelo blog, tá mto gostoso de ler!
Beijos e
ABAIXO A COENTROFOBIA!!!!!
Valeu Carol! E viva o coentro.
ResponderExcluirMarias! A atrasada aqui só foi ver o blog hoje! Tenho a dizer que sinto um orgulho imenso de fazer parte desta história, ver novos desafios surgindo e motivando esses corações pensantes (não é à toa que eles brotam de um chapéu de cozinheiro). Amo vocês! Adorei o blog! E sobre o coentro, eu com o meu pé na Bahia, nem preciso dizer... Sou do time da Clau e da Carol!
ResponderExcluirBeijos!
Muito bom Clau!!! Mas tenho que dizer: "eu odeio coentro" hehe... Será que é a minha genética? Ou mesmo a falta de costume. Acho que já te comentei que meu irmão mora em Salvador, tem uma cozinheira baiana de mão cheia em casa (a feijoada dela é a melhor do mundo!!!) e não se acostumou ao coentro nos pratos baianos, proibindo a entrada da tal erva na cozinha. Então acho que ele tem aversão ao coentro pela genética, assim como eu, hehe!! bjs!!
ResponderExcluirPois é Edu, mas bem que tu comia meu guacamole com coentro lá em Barça, hehe. Quem sabe essa tua fobia tenha cura. bjs
ResponderExcluirNunca comi sabão, então não sei se tem gosto disso, haha! Só sei que acho o gosto forte e insuportável. E olha que não sou enjoada para comer, prncipalamente temperos.
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