Brasil Rural Contemporâneo

Na última sexta-feira fomos visitar o Brasil Rural Contemporâneo, uma feira de agricultura familiar e reforma agrária.
Muitos pontos positivos para o evento. Primeiro, o local escolhido: o Cais do Porto. Toda vez que vou ao Cais começo a me indagar porque demônios ainda não fizeram nada lá, e o espaço só é utilizado por eventos pontuais, ao invés de ter atrações permanentes. E aí vem aquela história, de que Porto Alegre está de costas para o Guaíba, enfim... entra governo, sai governo, e só ficam promessas. Espero estar viva para poder ver aquilo ali ser revitalizado e transformado em um espaço de cultura e lazer.

O dia estava lindo, tinha até um veleiro passeando por lá. Ai que vontade de velejar....

O primeiro pavilhão da feira era de artesanato. Muita coisa em palha, madeira, sementes. Tinha também muita coisa de lã.
Passando ao segundo pavilhão, fomos ao que realmente nos interessava: as comidas. Aquilo ali era a Disney, dava vontade de comprar tudo. Queijos, embutidos, mel, cachaça, doces caseiros, temperos, castanhas, pimentas, enfim, tinha de tudo. No próximo pavilhão, bebidas, produtores de vinhos, suco de uva orgânico. Tinha até um cursinho de degustação gratuito de vinhos, com os vinhos Pizzato. Além disso tinha um estande voltado para o turismo rural, bem interessante.
Mas, o mais legal de tudo, era conversar com os produtores, ouvir suas histórias, como aquilo era feito. Foi toda uma experiência antropológica.

Queijo da serra da canastra, elaborado com leite cru.


Pimentas e mais pimentas...

Essa senhora tem um sítio no DF e produz ela mesma
todos esses temperinhos

Chegando lá fora, estava a praça de alimentação. Comida campeira, mineira, baiana, entre outras. Tinha também barraquinhas de verduras e de flores. Cada orquídea mais linda que a outra. Outra atração eram os quiosques de cervejarias artesanais. Lá fora ficava também o palco, onde aconteceram vários shows (Gilberto Gil, Nei Lisboa, Monobloco,...), e as mesinhas com vista para o Guaiba, onde os visitantes podiam disfrutar do visual.

Eu li depois, na Zero Hora, que a feira foi um sucesso, com cerca de 160 mil visitantes e R$11 milhões em vendas. Ponto para os porto alegrenses, que sabem usufruir desses eventos quando são promovidos.